Companhia tem um prejuízo mensal de R$ 1, 3 milhão em decorrência de ligações de água, distorcendo o real consumo

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Atualmente, mais de 9.700 consumidores em todo o Estado utilizam água de maneira inadequada, representando 15% dos clientes inativos cadastrados na empresa. Para identificar comportamentos atípicos de consumo, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia - Caerd realiza ações de fiscalização nas residências dos clientes, utilizando um sistema de cadastro que analisa os hábitos de consumo de cada um, visando combater o furto de água.

De acordo com levantamento da Coordenadoria de Gestão Comercial e Negócios – Cgcn, a Companhia tem um prejuízo mensal de R$ 1, 3 milhão em decorrência de ligações de água, distorcendo o real consumo.

O coordenador da Cgcn, Walmir Brito, explica que pontualmente são realizadas ações de fiscalização nas residências de clientes identificados pelo comportamento atípico de consumo. “Temos um sistema onde todos os clientes estão cadastrados e por meio dele conseguimos identificar os hábitos de consumo de cada um. Quando vemos que há irregularidade ou uma conduta diferente da praticada pelo cliente, vamos ‘in loco’ procurar saber o que está acontecendo”.

Walmir Brito esclarece que a dificuldade surge quando as equipes não conseguem entrar nas residências para as vistorias, seja devido à recusa dos moradores ou outras barreiras.

O furto de água ocorre de diversas formas e não está restrito a bairros de baixa renda. É importante ressaltar que a autorreligação, ligação clandestina,  danificar  ou romper  lacres do hidrômetro, configura furto de água e é crime previsto no Código Penal Brasileiro. Além das penalidades legais, essa prática prejudica toda a população, reduzindo a vazão disponível e causando vazamentos.

Diante desse cenário, a Caerd está intensificando as ações de fiscalização. Equipes extras estão detectando ligações clandestinas em residências e estabelecimentos comerciais, com multas que variam de R$ 144,50 a R$ 1.445,00, mais a diferença de consumo não faturado.

O coordenador da Cgcn orienta os clientes com pendências que procurem a estatal para regularizar a situação e recuperar o crédito. “A empresa não tem a intenção de punir os usuários, mas busca evitar que alguns clientes paguem pela conta de outros. Portanto, a colaboração dos clientes é essencial para identificar e corrigir as fraudes, garantindo uma distribuição justa e eficiente da água”.

Para mais informações ou regularização, os clientes podem entrar em contato com a Caerd, seja pelo site: https://caerd.ro.gov.br/, acessar a Agência Virtual ou se preferir por meio do Whatsapp, pelo número : 69 99962-9192. Isso vai evitar surpresas durante as fiscalizações e responder a sanções mais pesadas.

FURTO DE ÁGUA É CRIME

O Artigo 155 do Código Penal Brasileiro qualifica crime contra o patrimônio a atitude de subtrair para si ou para outra pessoa, coisa alheia móvel (equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico) com pena prevista de um a quatro anos de reclusão, além de multa. 

Nos artigos 163 e 168, que trata do dano qualificado contra o patrimônio público e da apropriação indébita, também estão previstas penas de um mês a quatro anos de prisão. Para encerrar, o artigo 171 tipifica estelionato e outras fraudes para obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro ou qualquer outro meio fraudulento.