Por Rejane Júlia • 03/07/2025
Garantir mais tranquilidade no dia a dia, é importante que cada imóvel tenha um reservatório de água - Foto: Raiane Gomes
Com a chegada do verão amazônico, período marcado por estiagem e diminuição no nível dos rios e lençóis freáticos, a Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) reforça a importância de que cada cliente tenha um reservatório adequado para armazenamento de água. Essa medida simples pode evitar contratempos como ficar sem água na hora do almoço, banho ou da limpeza diária.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, evidenciou que o planejamento hídrico começa em casa. “A estrutura pública funciona melhor quando cada cidadão faz sua parte, e isso inclui garantir o mínimo de reserva de água”.
Para garantir mais tranquilidade no dia a dia, é importante que cada imóvel tenha um reservatório de água, como uma caixa d'água, com capacidade para, pelo menos, 24 horas de consumo da família. Essa recomendação segue a Lei Federal n.º 11.445/2007 e a norma ABNT NBR 5626, e ajuda a evitar transtornos em caso de manutenções na rede ou imprevistos no abastecimento.
Segundo o diretor técnico e operacional da Companhia, Lauro Fernandes, “é uma questão de responsabilidade compartilhada. A empresa garante a distribuição, mas cada cliente precisa ter sua reserva”, afirmou.
A dona de casa Carla Uchoa, moradora do Bairro Aponiã, zona Leste de Porto Velho, contou que mesmo tendo caixa d’água de mil litros em casa, já enfrentou dificuldades. “Na minha casa é difícil faltar água da Caerd, mas nos dois últimos verões acabei ficando sem, por conta da baixa no nível do lençol freático. Ainda assim, fomos atendidos com caminhão-pipa”, lembra.
CONSUMO
Para evitar surpresas, a recomendação dos especialistas é que em uma residência com até três pessoas deve ter, no mínimo, um reservatório de 500 litros; para cinco pessoas, 750 litros; e para até sete pessoas, uma caixa d'água de mil litros. O consumo diário por pessoa pode chegar a 153 litros.
Quem ainda não se adequou já está se preparando. “Nunca precisei, mas com tudo que estão falando sobre a seca deste ano, decidi que agora vou instalar uma caixa d’água antes do período mais crítico”, conta Marcos Pereira, morador do bairro Ulisses Guimarães.
Segundo o diretor técnico Lauro Fernandes, o período mais crítico ocorre entre julho e outubro, quando há maior escassez hídrica e aumento no consumo. Por isso, a Companhia vem adotando medidas preventivas desde o início do ano para assegurar a regularidade no abastecimento e minimizar impactos à população. "Estamos atuando com planejamento estratégico, reforçando a manutenção preventiva dos sistemas e otimizando a operação em áreas sensíveis. A prioridade é garantir estabilidade no fornecimento mesmo diante das condições mais severas do período seco".