Por Rejane Júlia • 26/09/2023
Na última semana, a equipe operacional da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia - Caerd realizou uma operação de limpeza nas tubulações do sistema de esgotamento sanitário do Residencial Orgulho do Madeira, localizado na zona Leste de Porto Velho. O entupimento na rede resultou em transbordamento de esgoto, afetando várias ruas das Quadras 85 e 86, situadas entre as Ruas Jerônimo Santana e Monte Sinai. Cerca de 400 famílias que residem nos apartamentos desses blocos enfrentaram sérios transtornos. “A gente não consegue ficar de porta e janela abertas por conta do mau cheiro. Temos vergonha de receber visitas em nossos apartamentos”, desabafa a síndica da Quadra 586, Deize Poliana.
Para resolver a situação, a Caerd mobilizou uma equipe que utilizou o caminhão hidrojato recém-adquirido pela Companhia. O equipamento é capaz de aspirar os resíduos presentes nos canos e, ao mesmo tempo, liberar jatos de água para desobstruir as tubulações. O diretor técnico operacional, Lauro Fernandes, acompanhou todo o processo e enfatizou a dedicação da equipe em solucionar definitivamente o problema do sistema de esgoto do Orgulho do Madeira. “Nossa equipe está aqui, no principal gargalo do residencial, com o hidrojato, caminhão e retroescavadeira para resolver de forma definitiva essa problemática do sistema de esgoto do Orgulho do Madeira. Semanas atrás, a Caerd conseguiu identificar muitos pontos obstruídos que estavam atrapalhando a vida da comunidade. Estaremos aqui, o tempo que for preciso para sanar esse problema”,
Além disso, o diretor solicitou o apoio da Secretaria Municipal de Saneamento e Serviços Básicos - Semusb para a remoção de lixo que obstrui as bocas de lobo e o sistema de esgoto sanitário. “Essa é uma questão de saúde pública que afeta não apenas a Caerd, mas toda a comunidade do Orgulho do Madeira. Conversei com os síndicos e pedi que orientem as famílias sobre o correto descarte de lixo e gordura, a fim de evitar o entupimento da rede de esgoto”.
A síndica da Quadra 585, Vanessa Marães, destacou que “a falta de conhecimento de algumas pessoas que nunca viveram em apartamentos, acabam descartando óleo e gordura na pia, o que causa entupimentos nos canos e tubulações, resultando em esgoto a céu aberto e mau cheiro”.
Durante a operação, foram identificados vários pontos com ligações clandestinas e casos em que os canos de água potável estavam próximos a rede de esgoto. “Essas ligações foram desfeitas, e é importante ressaltar que essa prática constitui crime, conforme o Artigo 155 do Código Penal, com pena de um a quatro anos de reclusão e multa”, enfatizou Lauro Fernandes.